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Processo Nº 230/2007
aos 17 de Fevereiro de 2011 (quinta-feira)
Senhor José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa:
Há ilusionismo para todos os gostos; alardes ao quilo, doidos a remar contra a maré, caixeiros-viajantes que traficam diante da circunstâncias em tragédia consumada, energúmenos desvairados com a quilha fora de água, mastins amestrados, pastilhas elásticos empanturrados de saber que é aguado, videirinhos saltitantes, escreventes axiomáticos, legiferantes a mando do dono, escafandristas de falsa modéstia a escarafunchar no lodo a turvar mais as águas.
Quando tudo foi feito e institucionalizado; menosprezando entendimentos e pessoas de bem, usando prerrogativas de mero aspecto lateral; as teatralizações, as cerimónias e os rituais… ideologismo provindo da concepção tipo pronto-a-vestir condenando os vulgos a percorrer as mesmas linhas e as mesmas estações do ano, que outros estavam prestes a abandonar, que já abandonaram.
A arrogância, a vaidade, a vanglória, a utopia, continuam a ser alimentadas de birras imbecis, de propósitos pessoais, com libertinagem “democrática”; as receitas ainda a assegurar o monopólio, porquanto escorre alguma gordura ádipe.
Os riscos não foram calculados; a ponderação continua pendurada no cabide, a moral tem certidão de óbito passada, a ética está infeliz, queda-se a um canto, desfalecida, em estertor de morte.
(…) mas a julgarem que o futuro ainda terá tempo de recobrar!!!
Nós temos de nos permitir ter o pensamento, temos de o ousar, antes que sejamos comidos pela selva predadora neste habitat que atingiu o seu ponto de saturação, onde somos todos iguais, mas onde alguns energúmenos, são e continuam a ser, mais iguais, que os vulgos iguais.
Senhor José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, entretenho-me a escrever umas coisitas para encher a folha ao sabor da pena, coisa de somenos importância, porque a causa primária é outra, na certa; ao seu conhecer.
Que é muito mais importante; consubstancia-se na Verdade, em factos concretos… a Verdade já fez o trabalho de casa e a memória se recusa a apagar os factos .
Temos encontro agendado, havemos de nos encontrar por aí… algures, senhor José.
Pela minha Família, por mim…
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José Gonçalves