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Processo Nº 230/2007
aos 12 de Fevereiro de 2011 (sábado)
Senhor José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa:
Antes de qualquer coisa mais, é oportuno pensar sobre o papel que lhe deve caber a si, de um modo geral; neste país conturbado pela pós modernidade desvairada , que tem imposto ( sacanço ) para tudo que tilinta, onde não há parcela mísera, que não mereça avaliação de importância. Um modo de ser e estar; vaidoso a fazer escárnio de gente de bem: - tendo a admiração dos tolos, outros ídolos, parentes de ocasião; os escravos de suas próprias jactâncias. As desculpas de ocasião, as reservas, a própria modéstia por vezes, não são senão artes de ostentação e ludíbrio.
(…) os vulgos são conduzidos como bons cidadãos, amestrados já, por ridículos e fastidiosos conselhos, discursos de conveniência, um canibalismo vulgar que os empurra sempre para baixo, mais para baixo ao som da fanfarra esquizofrénica.
A mãe da grande burla, feita em círculo concêntrico com um propósito de vida encharcada de leite e mel; é bafo de traição, de infâmia, do passado e no presente tempo… porque continuando a fazer o que sempre se tem feito, na continuação obtêm-se o que sempre se obteve.
Vislumbra-se um vasto campo de conveniências partidárias, de propaganda fantasista, qual infusão em laboratório cada vez mais sofisticada, de aptidões com desembaraço delirante; feita ao Homem dito livre, prosternado, pobre dele, às patas do senhor e dono, que na servidão, deve ser sorridente com obediência.
Quando tudo é feito, a desrespeitar a felicidade, os bons princípios, quando tudo é feito a esquecer, no silêncio profundo do claustro, como modo sempre em uso: - que tem grande ofensa, maior que a impertinência.
A falácia decreta que eu deva continuar a sorrir, feliz, agasalhado pelo cobertor que me foi dado… enquanto dizem, que desse “lado”, a consciência é tranquila, inocente, ordeira, quando a provocar eco, de uns, por outros, em carrilhão.
A ética assistente, foi, continua a ser forjada no seio de uma filosofia propagandeada na práxis obstinada, na ideologia hipócrita, oca, delirante, encontrada que o foi, em espelho desfigurado, atrofiada pelo egoísmo cego, na estupidez cavalgada a toda a brida.
Indubitavelmente os nossos caminhos, hão-de achar um cruzamento, algures, neste meu tempo, onde as coisas do silêncio se vão despertar, onde a evasão perde o direito, onde não haverá cerca de precavida.
Pela minha Família, por mim…
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José Gonçalves