sexta-feira, 8 de abril de 2011

Dos canalhas aos corruptos...

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DOS CANALHAS AOS CORRUPTOS...
A triste sina que albergamos; o sistema político hipócrita, o poder da corrupção, a mediocridade moral, as fantasias de pechisbeque.
A candeia já nada alumia! A sua luz provoca fogos fátuos pela escuridão a dentro, oscila pela vontade de algum vento, que entra sem pedir licença, pelas inúmeras frinchas da “casa”, podre a desmoronar-se .
Os mais elucidados metem pés à pista, suprimem algumas voltas, cortam caminho, vão na busca de outra sociedade… lá por fora.
Enquanto que, os principais culpados da escravatura, são os próprios escravos, que não levantam revolta contra aqueles, que pela mão burlona, de vulgares indivíduos, se tornam “gente grande”, que usam do mando com pouca fadiga de trabalho e, que os escravizaram.

O sistema político finge que a mentira é a verdade, sujeitam-nos à sua vontade sem direito a réplica. O fundamental, é que depois de terem passado anos a fio a roçar as alcatifas, a tirar o verniz do soalho, a coçar o cú das cadeiras, a gastar as lages de mármore, a enegrecer os corrimões das escadas… colocaram os patos na primeira fila a apanhar com a chumbada.

A corrupção é um abuso pessoal, quer dentro de uma função pública, quer de um qualquer particular, feita sempre para fins sem escrúpulos.
É maléfica porquanto a corrupção ocorre em “sistemas” onde as regras são pouco claras, até contraditórias, onde as ditas leis, são elaboradas a contento de terceiros, de favor também, onde a hipótese de ser “caçado” é mínima, onde as penalidades são baixas. Os malfeitores apenas estão preocupados com eles próprios, sonham com o poder e status, mutilaram a sociedade de alto a baixo.

A mediocridade moral, diria mais; a sua inexistência; acabou por usurpar o que tinha dono, proletarizar com impostos e taxas até ao último tostão… a espartilhar mais e mais ainda o Zé Burlado. Havemos de despertar e a orgia cessará, por certo.

As fantasias de pechisbeque, são claridade fictícia das sobreposições dissociadas da realidade, desde sempre; de não terem ovos para a omolete, mas esmeraram-se a construir o labirinto para jogos modernos, feitos de correram com a certeza de alcançarem mais à frente o alvo em tempo curto. O vento pode ter levado tudo… mas a nossa memória está viva, a bom recato.
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