quinta-feira, 14 de abril de 2011

"O jogador" e "o todo"

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“O JOGADOR” E “O TODO”
“O jogador” deste jogo caseiro, é só um e não tem tido oponente.
Depois, é o conjunto que se fragmenta por muitos outros jogadores.
Depois há “o todo“, que ainda é permitido, por necessidade.
O jogador, olha, vê o todo como um grande idiota, tolo, a desmerecer melhor atenção.
Não conhece a natureza, nem a realidade do todo… mas julga que o sabe!!!
Mostra o medo de perder mais, perder uma parte de nós próprios se formos impertinentes, ou desajustados se persistir-mos na procura de nossa identidade por fora do contexto… que é sempre o único; não aceita objecções.
Ele fecha o seu mundo ao todo, porque é só dele, o seu mundo perfeito, desde quando o todo lhe outorgou essa prerrogativa; para que seu campo de acção fosse livre, de outros critérios, que não os dele.
Diz ainda, que representa o todo, que age em nome dele; depois entra na vida do todo e determina as acções a tomar; seus limites, seus objectivos; as melhores, as perfeitas, sempre em nome do todo.
Pode fingir que desce para se mostrar igual ao todo, aquando da necessidade que faz ilusão, quando o todo é chamado de coisa importante; de saber escrever e ler para colocar a cruz lá...
Insiste a dizer que tem grande capacidade de compreensão e que recompensará o todo com grandes (e)feitos… épicos.
Lá anda à volta de palco em palco, para brincar e animar o todo com novíssimos truques para tornear as ideias do todo mais resistente.
Finda a bugalhinha, rapidamente sobe lá para cima, esquece a faladura feita, volta novamente a ter o olhar superior por de cima de todo o todo.
Ele volta a vestir a casaca do esquecimento… até à outra necessidade, até quando o todo é chamado mais uma vez de coisa importante, de saber escrever e ler. para colocar novamente a cruz lá...
E o todo acredita fica cada vez mais dependente; porque acham que merece confiança, ou, mais uma vez, de a merecer.
Não diz que o todo é considerado o cultivo sazonal; mas fá-lo com tal, pelos quais se abastece para jogar o seu jogo; em cada atitude de comportamento, que ele venha a tomar em auto recreação.
Não conhece o todo: - conhecesse simplesmente a ele, no mais puro egoísmo.
Olha-se como um ser supremo, abrangente a entrar na vida do todo; a delimitiar os limites, a dizer que o é certo, o que é errado; em todas as áreas, que ordeiramente o todo deve acreditar como bons ensinamentos; seguindo os conselhos por toda a caminhada.
Foi a tomar para si o maior quinhão, como sempre aconteceu; é o padrão institucionalizado que já vem de lá, de muito de detrás, que no entanto esquece sem a menor preocupação; o impacto é sério, o resultado catastrófico, para todo o todo, assim como para os todos que virão mais tarde para abastecer o todo.
Ele o jogador esteve sempre presente, foi ele que roubou, sempre um pouco mais, mais, porque o todo deixou pondo-se a jeito; desde a altura que lhe deram uma cruz, mais outra ainda, cruz, que não era de usar ao peito. Todos os momentos foram importantes para o jogador…
Tinha rédea solta; técnica apuradíssima, conhecia a ciência com extremada exactidão, enfim… levou o todo a acreditar nas suas habilidades ilusionistas.
Agora, o todo, torce a orelha, que não deita pinga de sangue…
Fez-se tarde…
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