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Processo Nº 230/2007
aos 11 de Agosto de 2010 (quarta-feira)
Senhor José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa:
Continuo no meu exercício de escrita, por natureza forte, sem ensaio prévio, sem termo certo, até porque as ideias não são flutuantes, estão agrilhoadas na essência, onde que; em tudo não há máscara, nem mal uso da palavra.
Jamais ficará bem afastar-me dele…
Afinidades eternas à memória, neste ambiente envolvente no qual sinto bastante o tempo, ao qual não me habituo-o, que continua a provocar enganos estouvados, na falsidade que muito desagrada.
Que provoca mais rugas na alma…
No limite um muro a ensombrear o meu caminho, coarctado ao milímetro com violência criminal; coisa que aconteceu; quando um bando de filhos da puta iluminados em “ciência democrática“, quando teceu teias para “solução final”.
A Verdade que não prescreve…
O equilibro do espírito sem lhe meter ideia nova porque o “sentir” é isso; coerência de estar de bem comigo, coragem de não morrer resignado em atitude devota, ou passivo e, ou, de sempre com a lágrima no canto do olho.
Devo seguir este meu caminho…
Serão sempre; a Verdade e a Razão, pelas quais não me apetece ser derrotado, no limite uma condição de morte e do nada que vem nela. Não tenho tendência a ser herói ou a enfrentar a morte com atitude de grandiosidade, mas também não sou quedo no recanto de silêncio e descrição.
Não quero morrer resignado…
Tem nível de muita baixeza, o senhor; por mau hábito, que já não é possível cortar na encruzilhada da Vida, que floresce alicerçada entre si e aquilo que objectivamente entende ou pretende, quando dá o “golpe“.
O estado selvagem manter-se-á…
A sua máscara cairá podre de madura, cairá por inteiro, pelos ventos de quem come o que semeia, que no entanto; continua a insistir, como se tudo não tivesse já meio caminho andado, por aquelas muitas “qualidades“, que retalham a face.
O destino será certo…
FAMÍLIA, HONRA, DIGNIDADE.
(em memória do meu Pai, da minha Mãe e da minha Tia)
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José Gonçalves
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