domingo, 18 de julho de 2010

A VERDADE NÃO PRESCREVE!!! ( 1.014 )

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Processo Nº 230/2007

aos 18 de Julho de 2010 (domingo)

Senhor José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa

No que diz respeito ao estado de conservação do seu regime, deve estar muito satisfeito, está satisfeitíssimo, diria até; enfunado que nem um perú, está no paraíso “democrático“, a agência de seguros acolhe-o pelo bem comum em perspectiva, outros também querem evitar o saber do que se sabe de mais valor, o poder conferido pelas “amplas liberdades”, continua arrecadado, pela força tida; obviamente que é muito “democrática“, o poder calejado, certo de estar preso ( ainda ) às suas ordens.
A alma ainda não fugiu do corpo, a vida continua a avançar, alegra-se pelo levantar da manhã, o livro de notas não lhe provoca azia ao almoço, a ceia chegará em paz.
A caserna é mantida a crédito, ainda respondem ao mando.
Ficou mais quieto, conta os dias em que não ficou irado, até costumava irritar-se todos os dias, fazia das tripas coração, quando as “novelas“ ainda não estavam aposentadas.
Agora, ainda aspira controlar a febre que rouba o vigor, que faz perder energia, sem que deixe de ter vontade; de haver volte face quando o calendário indicar que vai haver caçada na coutada.
Mas, há sempre um mas, o “sistema” já fraqueja, pois é, por ali, os astutos já maquinam politicamente, que, quem sabe; o hão-de assaltar com com sucesso.
Os camaradas sentem comichão a um certo nível, salivam em seco, o espírito de equipa desvia-se do ponto, a porca também já torce o rabo.
Contudo, quer curar o intelecto, purificá-lo o melhor possível, ainda é o chefe; manda, tem se ser respeitado, não é um inútil; que não senhor, sente que tem suprema inteligência, os poderes ainda lhe estão subjugados, a marcha “democrática“ pode continuar engalanada de rosinhas e cravinhos.
As reminiscências aparecem, abrem um postigo na fortaleza, já marcham em passo de corrida.
A reputação sofre desmaio convulsivo, um após outro, basta escolher o de pior.
Todavia, pelos achaques crónicos, exige mais, pudera; o estertor ronda-o, que venha a extrema-unção, exige mais e mais dos propagandistas subsidiados.
A vidinha já experimenta um espécie de demência desorientada, é lenta, mas de passo seguro, inexoravelmente, alterou o rumo, faz curtos circuitos nas entradas, nas saídas terá de ir às cartas, uma parte das suas acções; sustém-se em muletas, já que o músculo fraco, a cada instante mais entorpece; há-de lamentar não ter reparado na coisa certa : - de não ter tido pensar, nem arrependimento.

FAMÍLIA, HONRA, DIGNIDADE.
(em memória do meu Pai, da minha Mãe e da minha Tia)
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José Gonçalves
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