quinta-feira, 25 de setembro de 2008

ATAÚDES ABANDONADOS: apóstema à História de Portugal

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Recebi este e-mail acompanhado pelo pedido de postagem, e que muito me diz...
Desde há muito tempo que considero de grave insensibilidade o tratamento que é dado aos ex-combatentes da guerra dita colonial.
Considero mesmo que depois de Abril ninguém em Portugal merece uma condecoração sem que todos aqueles a tenham auferido, mas...
Esta atitude é digna de ser ouvida pelos poderes publicos, aliás considero conduta dolosa passível de constituir crime por "DELINQUÊNCIA DE ALTA TRAIÇÃO À PÁTRIA" todo e qualquer obstáculo erguido contra a consecução deste mais do que dever histórico.

Daqui presto uma homenagem a todos os combatentes da guerra dita colonial: como cidadão um muito, muito obrigado pela vossa infinita coragem.


From: Isabel Filipe

Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República Portuguesa,

As cidadãs e cidadãos abaixo assinados pretendem que o Estado Português cumpra o dever patriótico de trasladar para Portugal – para as suas terras de origem, de onde partiram para a Guerra do Ultramar / Guerra Colonial - os restos mortais dos Combatentes que morreram ao serviço da Pátria e ficaram enterrados em campas espalhadas pelos antigos territórios ultramarinos.


Assim, e ao abrigo do Decreto-Lei nº. 43/90, de 10 de Agosto, com as alterações que lhe foram introduzidas pela Lei nº. 6/93, de 1 de Março, pela Lei nº 15/2003, de 4 de Junho e pela Lei nº. 45/2007 de 24 de Agosto, subscrevemos o requerimento, proposto pelo "Movimento Cívico de Antigos Combatentes", a enviar à Assembleia da República para:

1 – Que seja decretada a trasladação para Portugal dos restos mortais dos militares mortos e abandonados em terras africanas, em cumprimento do mais elementar desígnio das nações civilizadas e para dignificar a memória dos que morreram ao serviço da Pátria.
2 – Que esses restos mortais sejam trasladados para Portugal, entregues às respectivas famílias e/ou depositados junto do Monumento Nacional aos Combatentes, em local apropriado e digno.

Até esta situação estar resolvida, as Comemorações do 10 de Junho – Dia de Portugal e das Comunidades - continuarão ensombradas pela ausência daqueles que, lutando sob a bandeira de Portugal, por ela deram o sacrifício máximo, a própria vida.(in arguidocastrense)