segunda-feira, 6 de agosto de 2007

VOU CONTINUAR A GRITAR ( 65 )

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Processo Nº 230/2007

aos 06 de Agosto de 2007 ( segunda-feira )

Exmo Senhor Primeiro Ministro

Sr Primeiro Ministro, -------- VOU CONTINUAR A GRITAR

Sr Primeiro Ministro, 232 Dias!!!

Na passada sexta-feira, ao visitar a minha Tia - sempre que noto qualquer anomalia, no seu estado, comportamento, ou outro qualquer, tenho por hábito, indagar junto dos(as) Senhores(as) Enfermeiros(as), informação, que me ajude a compreender as alterações, relacionadas com a minha Tia, por quem tenho muito amor, quase comparável ao amor, que um filho sente pela Mãe, que o deu à luz!
Nos últimos dias, como Ela mantém uma postura de muita sonolência, novamente a pergunta sacramental - como está a minha Tia, desde ontem, está bem, os sinais vitais estão bem, porque esta sonolência toda, bom, a sonolência, deve-se à medicação, pois está a ser medicada com anti-depressivos. Anti-depressivos! Mas, será melhor falar com o Dr. Chagas, que é o médico em substituição, por férias da médica ( Dra Clara ) que normalmente se encarrega da sua Tia. Pode falar com ele, segunda-feira, de preferência, de manhã. Muito bem, cá estarei segunda-feira, para falar com o Dr. Chagas.
Hoje segunda-feira, perto das onze horas, chego ao hospital, dirijo-me, ao piso onde a minha Tia, se encontra internada, pergunto; por favor; o Dr. Chagas está? Que sim, deve andar por aì. Esperei, voltei a perguntar a outra pessoa; Por favor, viu o Dr. Chagas? Não, também ando à procura dele, ( andava com uns papéis na mão ) penso que está naqueles gabinetes, fui atrás de Senhora, ela viu que o Dr Chagas se encontrava num gabinete, fez-me sinal para esperar, no corredor, está bem; espero, mas por favor, diga-lhe que pretendo falar com ele. A Senhora saíu, dizendo; ele já o atende.
Passado algum tempo, o Dr. Chagas, sai do gabinete, perguntando, quer falar comigo? Que sim, faça favor de entrar, pois lá dentro falamos melhor. Entrei, mandou-me sentar, com licença. Sentei-me.
Diga, o que pretende - bom, foi-me dito, que à minha Tia, estão a ser ministrados ant-depressivos, porquê, ( perguntei, sem questionar, ou pôr em causa o tratamento prescrito ) realmente prescrevi um anti-depressivo, ( disse-me o nome, mas não me lembro ) muito leve, comprimidos de 0,25 mg, dois por dia, quando o tratamento costuma ser de três comprimidos, por dia porque, não conheço todo o processo clínico da sua Tia, tendo a minha decisão sido, por indicção dos Senhores(as) Enfermeiros(as), que conhecem melhor o comportamento da sua Tia, que apresentava um estado depressivo e menos reactiva. Perguntei, se eventualmente, esse seu estado depressivo, menos reactivo, poderia ter sido mais um pequeno AVC, que sim, pode acontecer, com a idade. Viu o processo, que tinha na secretária, pois a sua Tia, tem 91 anos, rectifiquei, tem 93 anos. Mas..., aqui diz 91, sim, mas a sua idade, é de facto de 93 anos, já tinha pedido algumas vezes, para rectificarem, o senhor já viu, o tempo que Ela está aqui internada, sim, claro que sei, estou muito preocupado, pela longa permanência da minha Tia neste hospital, o senhor já viu que pode ser infectada com micróbios, que a sua cama pode ser necessária, para outros doentes, que sim, sei isso tudo, e tenho solicitado a sua saída deste hospital. Pois o senhor, tem os seus argumentos, claro que tenho, repare – devia ser feito junto a certos hospitais, pavilhão, ( chamem-lhe como quiser ) onde doentes como a minha Tia, possam ter a assistência necessária, tanto de Enfermagem, como Médica ) mas Ela, já podia estar num lar, pela segurança social, onde estaria muito bem, até porque o estado já gastou muito dinheiro com Ela. Tentei ajudá-lo a compreender, as verdadeiras razões, que me movem para o bem-estar de minha Tia, mas não quis ouvir-me, tive de sair.
Não quis ouvir, de mim, as muitas humilhações, desprezo, abandono, que foi votada, esta mesma minha Tia, pelo sistema governativo instalado, no meu País.
A minha Tia, merece o melhor, igual a todas, todos aquelas((es), que devem ser tratadas(os), como Seres Humanos, vivos e Portugueses Verdadeiros.
Não gostei - se tinha pressa, dizia-me, volte logo, volte amanhã, às tantas!!!
Se falou na parte Familiar, então deve ouvir a minha versão, e não só “aquela”, que corre no hospital, nas diversas reuniões.
Amo muito a minha Tia, por esse amor, estou disposto a tudo fazer, para o seu bem-estar, pena é que o sistema instalado no meu País, tenho causado tão grande sofrimento, continuado – a Ela, e a toda a minha Família, desde == 33 ANOS == .
Se estava, como médico, tem por obrigação ouvir-me. Se eventualmente, faz parte do sistema administrativo, então já posso entender.

A minha Tia, as outras trafulhices - sempre presentes - já as conhece bem; veja os processos.

Continuo a gritar: - demita-se.

FAMÍLIA, HONRA, DIGNIDADE.
(em memória do meu Pai, e da minha Mãe)


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J. Gonçalves



Nota: ( enviado por e-mail ao Sr 1º Ministro, como diàriamente o tenho feito, desde 2006/12/28, com a minha identificação, ( também dos outros Familiares ) morada e telefone )