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Processo Nº 230/2007
aos 29 de Julho de 2007 ( domingo )
Exmo Senhor Primeiro Ministro
Sr Primeiro Ministro, -------- VOU CONTINUAR A GRITAR
Sr Primeiro Ministro, 224 Dias!!!
Desde que comecei, escrevendo os meus escritos, pela doença da minha Tia, ( considero-me um humilde aprendiz de escriba ) ( e-mail’s, que diàriamente envio desde 2006/12/28 ) terei dito muito daquilo que me vai na alma, pelas tremendas trafulhices, prejudicando ao extremo a minha Família, que ficou reduzida a cinzas, ( aqui não há fénix ) cujos princípios, por demais conhecidos – golpe de estado, seguido de golpe de misericórida – acordos de lusaka. Por cada dia – as imagens, repetem-se; humilhação, desprezo, abandono. Os mentores, ficaram ilibados, ( leis & leis nesse sentido ) com uns quantos ainda a pulular, vivendo do erário público, de barriga cheia, empertigada.
È um conjunto de crimes, sempre presentes, pela sua gravidade, ( contra Seres Humanos, Portugueses Verdadeiros ) continuados, por má-fé,ou ignorância dos princípios básicos, elementares de Dignidade Humana, enquanto tal!!!
Hoje, voltei a lembrar-me de um episódio, marcante, nas nossas vidas, pelo desfecho ( morte ) que poderia ter acontecido ao meu Pai, à minha Mãe, e a mim pelas circunstâncias.
No longínquo, mas presente ano de 1974, o meu Pai, a minha Mãe, ( eramos uma Família ) vivendo em Moçambique, como comerciantes, pequenos criador de gado, não tinham dívidas, e com um pecúlio para a sua velhice.Um dia, aconteceu algo que foi a sua completa ruína, tendo o seu pequeno império, ( fruto de muito trabalho, suor ) caído pela base.A paz social acabou, a insegurança tornou-se num crescendo.Em poucos meses, o caos instalou-se.À altura dos factos, eu trabalhava na Deta, ( companhia aérea regional ) em Lourenço Marques . O meu Pai, a minha Mãe, viviam na zona de Magude, ( onde nasci ) que distava cerca de cento a cinquenta kilómetros da capital. Fui avisado, a mando do meu Pai, e de minha Mãe, que se encontravam cada vez mais inseguros, ( podiam ser abatidos ) tinha de ir buscá-los, para Lourenço Marques, ( que ainda era seguro ) e esperar pelo desenrolar dos acontecimentos. Meti-me no jeep, ( estava armado com armas de defesa ) levei depósitos suplementares de diesel, e água.Segui viagem pela madrugada, para evitar emboscadas, que já existiam fora de Lourenço Marques, e na estrada que tinha de tomar, para chegar junto do meu Pai, e da minha Mãe. No regresso, noite fora, fomos barrados numa emboscada com indivíduos armados de kalashnikov, ( também já possuíam G3, provàvelmente oferta ) que de imediato rodearam o jeep, armas apontadas, prontas a disparar, enquanto deles ouvia - brancos de m..., vão morrer aqui, já não voltam para a vossa terra. A sequência dos factos, foi por pouco tempo, mas pareceu uma eternidade. Tentei acalmar o meu Pai, e minha Mãe, ( temi pelas suas vidas ) mas ao mesmo tempo, pensar; pensar ràpidamente por forma a sair, ( ilesos ) daquela situação. Falei em dialeto, o que me concedeu uns segundos de distração, tempo esse vital para fazer uso dos meios de defesa, que tinha comigo. Graças a Deus da melhor maneira. Houve troca de tiros, mas tudo acabou em bem para o nosso lado, apesar de aminha Mãe, ter sido atingida com alguma gravidade.Consegui chegar a Lourenço Marques, sem mais precalços de monta ( onde ainda havia médicos Portugueses) que trataram da minha Mãezinha, tendo recuperado bem.O meu Pai, a minha Mãe, nunca mais foram para a zona de Magude, nunca mais puderam ter a maioria os seus pertences pessoais; muito menos trazer o que quer que fosse. Até os animais de estimação, por lá ficaram.Comprei dois bilhetes de passagem aérea, e embarquei-os para Portugal, para puderem regressar ao seu País, à sua pequena aldeia Transmomtana, com uma mão à frente, e outra atrás.Dos nossos bens/haveres, até ao dia de hoje, nunca ninguém abriu a boca – apesar da minha insistênca!!!
A minha Tia, as outras trafulhices - sempre presentes - já as conhece bem; veja os processos.
Continuo a gritar: - demita-se.
FAMÍLIA, HONRA, DIGNIDADE.
(em memória do meu Pai, e da minha Mãe)
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J. Gonçalves
Nota: ( enviado por e-mail ao Sr 1º Ministro, como diàriamente o tenho feito, desde 2006/12/28, com a minha identificação, ( também dos outros Familiares ) morada e telefone )